Covid: Pesquisa avalia impacto da pandemia na saúde mental do trabalhador brasileiro

Mais de 60% dos trabalhadores brasileiros entre 18 e 24 anos afirmaram que sentiram ansiedade ou cansaço excessivo nos últimos 12 meses por conta da pandemia de Covid-19. Além disso, 62% tiveram insônia, segundo dados de uma pesquisa realizada pela plataforma Zenklub e conduzida pelo Instituto Datafolha de forma presencial que avaliou o impacto da pandemia na saúde mental dos trabalhadores brasileiros.


quarta-feira novembro 10, 2021

Todos os índices divulgados foram menores em comparação aos empregados mais velhos, com exceção da depressão, que teve mais impacto naqueles entre 45 a 59 anos (30%) e com 60 anos ou mais (28%).

De acordo com Daniele Nazari, psicóloga do Zenklub, maior plataforma de saúde emocional e desenvolvimento pessoal do país, os jovens se sentem mais sobrecarregados por uma cobrança excessiva pelo desenvolvimento de carreira rápida.

A especialista relatou que durante os atendimentos clínicos, os trabalhadores mais jovens se sentem pressionados a alcançar cargos altos antes dos 30 anos para se sentirem profissionais qualificados. E essa autocobrança excessiva, provoca ansiedade, insegurança e frustração, o que acaba repercutindo em sintomas físicos, como a exaustão e insônia.

” A autocobrança é importante para o desenvolvimento, mas ela precisa estar associada ao bem-estar para ser saudável”, pontuou Daniele Nazari.

Sem benefícios para cuidar da saúde mental
A pesquisa, que identificou que 6 em cada 10 brasileiros se sentiram sobrecarregados nos últimos doze meses, ainda revelou que 64% dos trabalhadores não possuem nenhum benefício para cuidar da saúde mental. Mesmo assim, 86% acreditam que benefícios, como terapia online e treinamentos de habilidades emocionais, poderiam ajudá-los a lidarem melhor com os impactos negativos durante a pandemia.

Segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS), a cada 1 dólar investido em saúde emocional, as companhias têm um retorno de 4 dólares, uma vez que 95% dos colaboradores das organizações que investem em seu bem-estar relatam um impacto positivo em produtividade e 97% deles sentiram que sua qualidade de vida melhorou. (Fonte: Pebmed)